quarta-feira, 25 de março de 2009

Já era hora...!



Nesse final de semana assisti a um filme que já pretendia ver há séculos, desde que ele estreou no cinema. Minha querida amiga Mari (futura médica ;D) me recomendou o livro e assim que o encontrei na livraria resolvi comprar. Um ótimo negócio, aliás.

Achei impressionante o modo com que o Ian McEwan consegue descrever tão bem as ações e emoções das personagens, não são todos os autores que conseguem essa façanha. Com sutileza e extrema habilidade, ele nos prende em sua narrativa de mais ou menos 400 páginas, onde conta a estória de amor entre Cecilia Tallis e Robbie, o filho da governanta da casa da Cecilia, e a imaginação perigosa e inventiva de Briony Tallis, a irmã mais nova da Cecilia.

No meio da iminência da 2ª Guerra Mundial, Cecilia e Robbie deixam o perturbador sentimento que já os perturbava há algum tempo evoluir, começando um rápido romance. No entanto, por meio de cenas entrecortadas e da leitura de uma carta mandada por engano, Briony começa a achar que Robbie é um psicopata que está molestando a sua irmã, e cria toda uma estória em sua cabecinha de escritora iniciante; até que acusa o pobre filho da governanta (que, diga-se de passagem, sempre se dá mal em praticamente todos os romances) de um estupro cometido na propriedade do seu pai.

Após essa introdução, onde o Ian intercala as visões dos fatos de cada personagem e depois as junta num único acontecimento, somos remetidos para a 2ª Guerra Mundial, onde o agora soldado Robbie luta numa guerra. Não numa guerra contra os alemães ou o Eixo, mas contra o destino que o obrigava a ficar longe da vida que ele tanto sonhara, que o obrigava a ficar longe da sua Cee.

Eu não vou dar mais spoilers ou detalhes do livro, quem se interessar compre um exemplar, pode ter certeza de que não irá se arrepender. Mas, não era bem do livro que eu queria falar, e sim do filme. Here we go então:

Dirigido por Joe Wright (que também dirigiu o meu mais querido Orgulho & Preconceito), com roteiro de Christopher Hampton e estrelado brilhantemente por Keira Knightley e James McAvoy, além da pequenina com grande talento Saoirse Ronan (que até foi indicada no Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante). Ah, não posso esquecer: e com trilha sonora do maravilhoso, brilhante, fantástico e melhor de todos Dario Marianelli (que merecidamente ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora).

Não vou mentir, o filme foi bem mais do que eu imaginava. Quando você lê um livro e percebe que há uma versão cinematográfica dele é completamente natural (pelo menos para mim) que haja uma reação do tipo: "será que é bom mesmo? E se cortar aquela parte que eu A-M-O?" Assisti assim ao Desejo e Reparação (ah, eu tenho aqui que dizer isso: Por que, mas por que meesmo, tiveram que pôr esse "Desejo" aí no meio? Só pra ficar parecido com Orgulho & Preconceito? Por favoor, me dê um tempo! Isso foi completamente patético!): esperando por algum deslize, que, graças a Deus e às maravilhosas pessoas que fizeram o filme, não existiu.

Muita fidelidade à estória, até nos mínimos detalhes, e uma ótima interpretação dos atores. Não deixou a desejar em absolutamente nada. Aliás, deixou sim, em apenas uma coisa: eu só não consegui sentir tanta angústia, tanta pena, tanto desespero no final como quando li o livro. Mas talvez filmes não sejam feitos para expressar tanta emoção, só nos resta devorar páginas e mais páginas de puro sentimento e magia.

Um comentário:

  1. Jesus, Maria, José e o Camelo!
    dei uma passadinha no meu blog (que, diga-se de passagem, não é atualizado há séculos - shame on me)e vi que você tinha postado há uma semana. Já ia clicar, mas vi meu nome e aí que fui ainda mais esbaforida com o mouse lá pra ver o que a senhorita falava da minha pessoa. Meniiina, você ainda não tinha visto o filme??? Só naquele dia que foi ver????? Meldels, é bom demais! Eu te contei, né, que assisti no sábado, no domingo (com a tecla SAP no horrendo telecine pipoca) e na segunda enquanto fazia a minha redação (tirei a nota mais baixa da minha vida nessa redação). Chorei TODAS as vezes. To pensando em reler o livro, mas to tããããoooo sem tempo pra nada e com tantas outras prioridades... =P

    saudades da sua pessoa
    nosso brevíssimo papo de ontem a noite (que nem pode ser chamado de papo) não foi suficiente para mim.
    necessito hablar más
    sobre qualquer coisa (nem que sejam as nossas bobagens de sempre)
    beeeeeeeeeijos

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